A Love Almost Impossible. 3°Cap.

No dia seguinte acordei com meus primos gritando pela casa. Sem outra opção eu me levantei, escovei os dentes, arrumei o cabelo e desci de pijama mesmo. Tia Tammy havia ido me visitar. Os primeiros a me verem foram os filhos dela, que, mesmo sendo menores que eu, quase me mataram com um abraço. Logo depois Tammy veio me cumprimentar.

-Oi minha linda, quanto tempo!
-Oi tia! É mesmo, estava com saudades.

Sentei-me a mesa de café. Tio Jeremy já tinha saído. Meu pai estava no telefone e minha mãe não parava de tagarelar com minha tia.
Tomei meu café, fui até meu quarto coloquei uma música e fui tomar banho, escovei os dentes e vesti minha roupa. Eu estava MUITO entediada... Fui até meus pais e minha tia que estavam lá em baixo.

-Gente, vamos almoçar fora? – com um pouco mais de empolgação do que o devido.
-Claro!

Minha tia e eu ficamos conversando enquanto meus pais trocavam de roupa.

-Vamos?! – A voz do meu pai estava diferente, algo como alegre.

Fomos a pé. No caminho ficamos discutindo onde iríamos almoçar. Eu nem fiz parte da discussão, estava muito ocupada pensando se minhas férias seriam assim todos os dias – sem ninguém para conversar, sem amigos, apenas duas crianças que não param quietas e um monte de adulto – Assim que saímos de casa, acho que umas duas quadras depois, tinham dois meninos andando de skate. Eu bem que poderia ter falado com ele, mas meu pai é muito ciumento e eu sou muito tímida.
Quando me dei conta, já estávamos no restaurante e Jeremy havia acabado de chegar.

-Oi – tio Jeremy disse cansado.

Logo ele se sentou com a gente. Fizemos os pedidos, meus pais e meus tios conversavam e eu não fazia nada, apenas conservava uma cara de tédio enquanto brincava com meu copo com coca-cola- o girava de um lado para o outro -, e, claro, meus primos não paravam quietos.
Eu estava rigidamente presa em meus pensamentos, mas ouvia alguém me chamando.

-Mary?!

De primeira não consegui decifrar de quem era a voz, mas após um tempo percebi que era Tio Jeremy.
Eu queria olhar para ele, mas não conseguia, meus olhos estavam fixos em algum ponto no qual não me lembro.
Ele continuava a me chamar. Eu finalmente acordei do “transe”.

- Quê?
- Está tudo bem? – Jeremy parecia preocupado.
- Sim, por quê? – embora eu soubesse o porquê da pergunta.
- Não sei. Você estava olhando tão fixamente para algo.
- Estava apenas pensando – na verdade eu não pensava em nada.
- Hmm. Mas, então, conte-me mais sobre você – Ele não parecia totalmente interessado, parecia apenas estar querendo puxar assunto.
- O que o senhor quer saber? – dizia senhor apenas por respeito, pois Jeremy aparentava ser novo.
- Em que série você está?
- Oitava.
- E as notas?
- Estão boas. – Menti.
- Boas? – ele me imitava.
- Sim. Bom... Vamos dizer que eu e a matemática não somos amigas. – Fiz uma careta.
- Ah sim, sempre a maldita matemática.
- Até que enfim alguém que me entende.
- Meu filho tem o mesmo problema. - Começou a cochichar - E pode apostar que eu também tinha. - como se fosse um segredo.
- Quer dizer então que a matemática já perturbava a muito tempo atrás?
- Sim!

Tio Jeremy parecia ser muito legal. Mas infelizmente a conversa ficou sem graça, quero dizer, o assunto acabou. Finalmente o garçom começou a servir os pratos. Comemos, a comida estava muito boa.
Depois do almoço Jeremy voltou ao trabalho e eu, Tammy e minha mãe fomos fazer algumas compras. Meus primos e meu pai foram pra casa.
À noite, Jeremy nos levou ao restaurante favorito dele. Lá era tranqüilo. Estavam apenas eu, meus pais e Jeremy. Apesar de não aparentar, eu estava muito ansiosa para amanhã, afinal seria dia vinte e quatro de Dezembro.
Stratford é uma cidade muito fria, mais fria do que Toronto, no meu ponto de vista. Bom eu iria passar o natal na neve.
Quando voltamos para casa montamos a árvore de natal e amanhã iríamos fazer a decoração. Terminamos de montá-la quase duas da manhã, eu estava exausta. Escovei os dentes, deitei na cama e dormi.

No outro dia acordei assustada. Era um barulho de guizos ou sinos. Eu não sabia o que realmente era. Mas aquilo tocava insistentemente e parecia martelar minha cabeça. Acordei assustada por esse som ter invadido meus sonhos, invadiu como se fosse algum bicho – não sei qual era ele – que me prosseguia, e por mais que eu o mandasse embora ele não ia.
Desci as escadas - de pijama mesmo – e quando cheguei lá embaixo me deparei com minha tia balançando os malditos sinos, os mesmos que me acordaram.Eu só me perguntava “Por que diabos ela balançava aquilo?”
Dei bom dia a todos. Meus primos não estavam lá – Graças.
Tomei café da manhã. Subi tomei um banho e me arrumei.
Estava empolgadíssima para arrumar as coisas para o natal. Com a ajuda de minha mãe, fiz alguns enfeites como laços vermelhos para colocar nos guardanapos. Temperei o peru para mais tarde colocar no fogo. Enfeitei o corrimão da escada com luzinhas coloridas. Mais tarde eu fui escolher minha roupa. 


CONTINUA.
gostaraam? Espero que sim.
Proximo cap. acho que o Jus aparece.
Comentem please.