domingo, 19 de agosto de 2012

A Love Almost Impossible. 2 temporada . Cap. 20

Justin me olhou confuso, eu concordei com a cabeça. Acho que seria o melhor a se fazer... Esclarecer tudo.
Sem dizer nada, concordamos com Jeremy e o seguimos até o quarto de Diane e Bruce.
Entramos e Justin me guiou até a beira da cama. Nos sentamos.
– Calma. — disse acariciando sua mão.
Ele assistia Jeremy fechar a porta,mas logo me olhou fingindo estar bem.
Eu estava mais confiante do que da última vez, mas, mesmo assim, não podia deixar de ver o quanto temia nosso futuro.
– Então... — Jeremy começou. — Ér... — falou andando de um lado para o outro. — Eu estive ontem na casa da sua mãe, Justin. — olhou-o.
– Aé? O que o senhor foi fazer lá? — fingiu não saber, por mais idiota que fosse... Estava enrolando a conversa.
– Fui buscar umas coisas suas que ficaram por lá. E... — começou a andar, nervoso, novamente. — sabe quem estava lá?
– A Megan? — Justin sorriu para ele, provocando-o.
– Arrã... Então? — pausou olhando para nós dois. — O que você tem a dizer?
– Sobre? — Justin o desafiou.
– Sobre essa falta de vergonha. — olhou fundo nos meus olhos.
Justin encarou Jeremy e depois abaixou a cabeça, apertando minha mão. Mantive os olhos nele... Vendo cada movimento.
Ele estava mal. Seus olhos começavam a brilhar, mas ele não queria deixar que as lagrimas caíssem.
É tão ruim vê-lo assim... Nervoso, triste. Ele está muito chateado com Jeremy, tenho certeza.
Justin nunca guardou mágoa do pai dele, sempre o amou e compreendeu suas atitudes. Mas acho que ele espera uma compreensão de volta. Ele nunca pensou que o pai dele, o cara que sempre esteve com ele, fosse fazer isso... Não o apoiar num amor tão verdadeiro.
Continuava a o olhar, a primeira lagrima escorreu por sua face. Achei que ele iria a limpar rapidamente, mas ele não a limpou, deixou-a seguir seu caminho até morrer em seus lábios.
O abracei. Ele posou a cabeça em meu ombro e, com os braços, apertou minha cintura.
Ele estava tão mal que apenas com o seu toque era possível sentir sua dor, com seu abraço senti quão péssimo ele se sentia. Tentei passar alguma segurança a ele, mas não consegui.
Ele saiu de meu abraço e fixou os olhos em Jeremy. A tensão tomou conta do quarto.
– Pai... Eu só quero saber o por quê do senhor ser contra... — olhou pra mim — nós. — olhou novamente para Jeremy.
– Meu filho, você não vai entender. Eu fico muito feliz de que você tenha encontrado alguém que você goste... Mas... — parou de falar.
– Pai, Tá vendo? O senhor não tem por quê não gostar. Mas eu sabia, nós sabíamos. Desde de dois mil e oito nós dois sabíamos que o senhor iria julgar, ser o primeiro a fazer tempestade no copo da água. O senhor nunca entende nada.
– Justin, não é assim. Mas tem coisas na vida que não podemos aceitar. — falou ainda calmo. — Não posso aceitar que você namore sua prima.
– E por que não? — Justin falou querendo uma reposta imediata.
– Porque não. — pausou. — Você não entende? É o mesmo sangue que corre na veia de vocês. É a mesma família que você compartilham. Não dá.
– Por que, pai? — Justin alterou um pouco a voz.
– Por que não! — alterou a voz, também. — Não é o que a sociedade está acostumada a ver. Vão ter familiares que vão se afastar de nós por causa disso.
– Então o senhor está mais preocupado com o que todo mundo vai pensar do que com a minha felicidade?
– Não! — gritou — Eu estou preocupado com você.
– Arrã, claro. — Justin falou irônico.
– Você não percebe que você vai ser julgado? Que, assim como eu, vão ter pessoas que não vão aceitar? Você não vai agüentar... Você não vai agüentar tanta gente contra você.
– Claro que vou! E tenho certeza que você é o único contra! — gritou — Eu não sou nenhum fracote, pai. — abaixou a cabeça. — Eu sou julgado, o tempo inteiro. Existem pessoas que não me aceitam por eu não ter o que eles têm, e eu ligo? — olhou para Jeremy — Me diz... Alguma vez você já percebeu que eu não ligo? — gritou.
– Não, nunca notei. — cruzou os braços. — Mas um namoro é diferente. As escolhas são suas... Quando alguém descobrir que sua namorada é sua prima você vai ser o primeiro a ficar chateado e arrependido por não ter ouvido o seu pai. — tentou deixar Justin frágil. — E aí depois você vai vir me pedir desculpadas. Eu te conheço, meu filho. – Falou mais calmo.
– Por que você acha que tem que ser assim? Eu não vou querer voltar atras e jamais vou ficar arrependido. A Mary é o que eu quero.
– Ai meu Deus! — olhou para cima. — Porra Justin, você poderia tentar compreender!
– E o senhor também devia tentar compreender. — retrucou o desafiando.
– Droga! — Jeremy se virou e começou a bater na parede. — Quer saber? Pense como quiser, você é imaturo demais pra entender o que eu digo.
– Imaturo? Olha quem está falando... O cara que abandonou a mulher e o filho em casa! — falou e depois riu.
– O que foi que você disse? — Jeremy falou nervoso.
– Que o imaturo aqui é você! — gritou.— Foi você que se separou da minha mãe quando eu tinha só dez meses, foi você quem foi preso, você que não foi um pai presente. Não foi?
Não acreditei que Justin disse isso.
Justin já estava em pé ao meu lado encarando Jeremy, que estava perto da porta. Justin estava completamente diferente. Parecia frágil. Frágil como uma criança após os pais o deixarem no colégio. As lagrimas escorriam de seus olhos, desesperadas... Sem direção. Mas de alguma forma... Penso, ainda, que aquele choro era de alivio, liberdade. Possa ser engano, mas, talvez, essas palavras estavam presas dentro dele... Aquelas palavras, doloridas e fortes, talvez não são nada perto da dor, do vazio, que ele sentia dentro de seu coração.
Jeremy não estava diferente. Seus olhos ficaram vermelhos e deles brotavam lagrimas carregadas de arrependimento. Seus joelhos fraquejavam e seu orgulho desapareceu dando ao arrependimento um lugar em seu peito. Sua face mudou completamente deixando-me ver talvez um Jeremy que eu nunca tenha visto. Um Jeremy insatisfeito consigo.
Eu olhava mais para Justin do que para Jeremy... O mundo inteiro morria alí, em seus olhos.
E assim que fixei os olhos em Jeremy. Ele caiu, ajoelhado. E então não agüentei, chorei.
Com os ombros caídos, Jeremy olhava para Justin. Ambos choravam, mas Jeremy... Jeremy gemia de dor. Seu choro era tão desesperado... Parecia pedir por ajuda.
– Meu Filho. — Jeremy começou dizendo, com a voz fraca e falha. Buscava força para continuar sua frase. — Me perdoa. — ele gemia entre as palavras. — Por favor. — abaixou a cabeça. — Me perdoa. — disse fraquejando até apoiar as mãos no chão.
Ele repetia insistentemente, entre soluços, me perdoa.
Fitei Justin que estava completamente sem ação. Ele estava em pé tentando ir em direção ao seu pai que estava caído em sua frente lhe pedindo perdão. Isso o fez fraquejar. Nem Justin, nem eu esperávamos que Jeremy se ajoelhasse pedindo perdão. Se doía em mim vê-lo assim... Imagina no Justin.
Vai Justin. — era o que eu pensava em dizer. Estava desejando loucamente que pudéssemos conversar por telepatia, mas, infelizmente, isso não é possível.
Não foi preciso telepatia para que Justin fosse até o encontro de Jeremy. Justin ainda estava em pé, mas logo ajoelhou-se de frente para o pai.
Ficou tudo silencioso, a não ser pelas respirações aceleradas, os gemidos e os soluços.
Minha vista estava completamente embaçada, mas, mesmo assim, consegui ver a cena mais bonita que já presenciei. Justin e Jeremy abraçados, tudo era tão incrível, passaram pelo menos dois minutos envolvidos naquele confortante abraço entre pai e filho.
– Meu filho... — Jeremy falou encerrando o abraço e colocando suas mãos no rosto de Justin. — Eu te amo, muito. — beijou a testa do filho — Me perdoa, meu filho? — disse olhando fundo nos olhos caramelo de Justin.
Justin fez que sim com a cabeça e logo abriu um sorriso iluminando o momento. Senti um alivio enorme e não me contive, sorri também.
Jeremy sorriu de uma maneira que eu nunca vi, e, logo após o sorriso de Jeremy, Justin o abraçou. O abraçou enquanto Jeremy acariciava os cabelos dele.
Depois de sorrisos e abraços notei que
a vida do Justin não é aquela fábula que pensei que fosse. Ele tem muita magoa guardada dentro de si, e agora, com esse desabafo, uma magoa a menos. Nunca pensei que ele fosse assim, Justin é mais maravilhoso do que eu pensei que fosse. Um coração tão grande que guarda as magoas pra si, para não magoar os outros a sua volta.
Quando voltei ao presente — ao quarto com Justin e Jeremy — ambos já estavam em pé a minha frente. Os olhei e sorri com ar de aprovação. E, para meu conforto por inteiro, Jeremy sorriu para mim também. Logo olhei para Justin e ele sorriu para mim, tão perfeitamente que corei. Antes que eu pudesse abaixar a cabeça, por vergonha, Justin veio até mim. Olhou em meu olhos e colocou uma de suas mãos em minhas costas. Após uma longa troca de olhares ele selou nossos lábios. Só um selinho por educação a Jeremy, que estava no quarto.
Assim que Justin recuou olhei para Jeremy e ele estava sorrindo.
– Seu Jeremy... — falei — Ér... Desculpa pelo acontecido. Eu entendo o seu ponto de vista, mas... Sei lá... Aconteceu. — sorri sem graça.
– Mary, não precisa se desculpar. — sorriu — Eu sei que você é uma pessoa ótima e posso ver o quanto você faz bem ao meu filho. — sorriu para Justin — Mas... Eu continuo a pensar do mesmo jeito. Acho que não é certo, mas não vou tentar impedir.
– Obrigada, Seu Jeremy. — sorri pra ele. — Agora vou deixar vocês sozinhos. — abracei Justin e o beijei na bochecha.
Abri a porta mas antes de sair:
– Seu Jeremy... Posso te pedir uma coisa? — falei escorada na porta.
– Arrã. — Jeremy respondeu.
– Não conta nada para os meus pais. Por favor. — quase o implorei.
– Pode deixar. — sorriu.
– Obrigada.
Sai e fechei a porta quase não acreditando no que acontecera.
Fui direto para sala, ao encontro do pessoal. Quando cheguei lá estavam Helena e Ryan abraçados em um lado do sofá e Chaz completamente vidrado no celular, do outro lado do sofá.
Me juntei a Chaz.
– Eai senhorita chata. — riu.
– Eai senhor sou forever alone.  —  ri.
– Muito engraçadinha  —  riu pelo nariz   — , mas acho bom a senhorita parar porque jajá eu ou achar alguém, tá?
– Quem vai ser a vítima ?  —  gargalhei.
– Ah, sei... Pera aí, o que foi que você disse?
– Nossa, você é lerdo, hein. — o olhei esperando sua reação de "revolta".
– Não enche. — desdenhou de mim e voltou a mexer no celular.
Encostei a cabeça no ombro dele, sendo capaz de sentir seu perfume. Um aroma doce, tão doce que causava ardência no nariz, mas, mesmo causando ardência, era bom, relaxante.
Fiquei pensando no que poderia estar acontecendo no quarto...Será que eles discutiram mais uma vez? Será que eles se resolveram?
Seja como for, eu estava um pouco mais leve. Sem sentido de culpa, mágoa ou medo. Nada, absolutamente nada. Tudo o que eu tinha que ter medo eu já tive nos últimos dois anos, o medo de o Justin me esquecer, o medo de nunca mais vê-lo, medo de não ser mais nada, mas uma marca. Apenas uma marca insignificante e esquecida em seu caminho.
Dedos macios taparam minha visão impedindo-me de continuar meu pensamento.
– Justin? — perguntei apesar de ser obvio.
– É tão obvio assim? — falou enquanto ria.
Antes que eu pudesse responder ele já estava com os lábios em minha bochecha. Apoiou os braços em volta de meu pescoço e encostou seu rosto no meu despertando um sorriso em meu rosto.
– Ei — sussurrou em meu ouvido — Eu te amo.
Ele falou bem próximo de meu ouvido e depois me deu um beijo no pescoço. Fechei os olhos assim que senti seus lábios em contato com a pele sensível do meu pescoço.
– Vamos andar? — brincou com meus cabelos enquanto falava.
Não respondi, me levantei e fui ao seu encontro.
Assim que cheguei perto dele ele me puxou para um abraço. O mais sincero. Seu toque parecia gritar de carinho, amor.
Ele encerrou o abraço e me virou fazendo-me encostar minhas costas no sofá. Ele parou seu corpo diante do meu, posou suas mãos em minha cintura e finalmente pressionou seus lábios contra os meus. Seu lábios passavam-me confiança, afinal eles me guiavam. Antes de encerrarmos o beijo ele colocou sua mão sobre minha bochecha e acariciou-a.
Aye sweethearts!
Bom, é eu estou até sem graça de postar... Sério. 
Não sei se eu mereço leitoras tão lindas como vocês. Obrigada por tudo. 
Não é que eu não quero mais escrever, que eu não aguente mais o blog... É que tipo, como já disse, existe uma história atrás dessa e se a história acaba o narrador perde o emprego. Pois é. É o seguinte, A Love Almost Impossible  iria ser mais ou menos a história de As Long As You Love Me mas iria ter um sentido... Não seria porque o pai da Mary necessita dela e blá blá blá. Agora, além de As Long As You Love Me... vai ter outro enredo. Sim, a história vai tomar um rumo bem legal. Espero que vocês gostem e continuem lendo. 
Amo vocês e obrigada por cada segundo de atenção que vocês depositam aqui no blog. 
Obrigada, mais uma vez. 
xoxo.