A Love Almost Impossible. 5°Cap.

Ficamos alguns minutos olhando os poucos raios de sol que havia.
Meus olhos se estreitaram com a claridade.

- Justin, você não acha melhor voltarmos?
- Pode ser.

Voltamos pelo mesmo caminho. Meus cabelos voavam de acordo com o vento, que soprava em meu rosto fazendo-me tremer.
Eu encarava Justin com o canto de olho. Comecei a ver detalhes em seu rosto. O nariz afinado, uma face lisa, olhos cor caramelo, bochechas arredondadas. Ele parecia àqueles típicos príncipes de conto de fadas.
Havia tantas coisas que eu queria saber a seu respeito. Mas, ao mesmo tempo, havia tanta insegurança. Eu o conheço a tão pouco tempo e já sinto como se o conhecesse a semanas. Eu já confio tanto nele, mas não confio nos meus sentimentos. 
Era tão confuso... Eu acho que eu posso estar enganada a respeito do que penso sobre ele, mas sinto como se tivesse de me sentir assim. Talvez não fosse certo me apaixonar por alguém da família... Mas talvez não fosse errado apaixonar-se por um primo.
Afinal, do que eu estou falando?  Tenho que criar foco. Nem o conheço direito.

- Mary?

- Ahn... – Eu fitava meus pés.
- Você ouviu alguma coisa do que eu disse?
- O que você disse?
- É você não ouviu.
- Desculpa Justin... Estava pensando alto.
- Está tudo bem. Pode me chamar de Jus... Se quiser.
- Ah. Ok... Jus. – Olhei para ele e sorri.
- Mas então... O que você estava pensando?
- Em uma pessoa.
- Seu... Namorado? – Ele demorou a pronunciar namorado.
- Não! Imagina... Eu?! Com um namorado?! Haha’
- O que que tem?
- Tipo... Eu sou tão... Sei lá feia e inútil.
- Não é não.

Eu simplesmente corei... Mas como queria ouvir ele me elogiar continuei a dizer o que pensava sobre mim.

- Ah Jus... Eu sou horrível, chata, anti-social... Sou tão... Insuportável - fiz uma careta.
- Mary... Sinto muito... Mas eu penso completamente o contrário disso.
- Jus, você – fitei os olhos dele – não precisa mentir só para não me deixar sem graça.
- Pense como quiser. Eu não estou mentindo. Você é linda, simpática, amiga e engraçada.
- Ahn... Ok. Obrigada. Mas posso te pedir só uma coisa?
- Fale.
- Consulte um oftalmologista... Provavelmente você precisará usar uns 8 graus em cada olho.
- Não, eu não precisarei. Minha saúde é ótima.
- Já que você diz.

Enquanto andávamos percebi que minha pulseira havia caído.

- Jus, eu perdi minha pulseira... Eu vou procurá-la.
- Vou te ajudar.

Saímos os dois procurando minha pulseira. Eu fui andando até que fiquei longe de Justin. 
Procuramos muito. Eu já me encontrava bem longe de Justin.

- Mary!

Virei-me para olhá-lo. Em um movimento rápido dele, fui atingida por uma coisa gelada na barriga. Uma bola de neve.

- Justin! Você me paga!

Saí correndo atrás dele, mas graças a minha ótima situação física, eu cai. Cai com a cara na neve. Nunca fui boa com imprevistos... Acho que fingir que eu tinha desmaiado seria horrível. Fiquei um tempo com o rosto na neve, eu realmente parecia uma avestruz com o pescoço no buraco. Eu realmente estava esperando que fosse só mais um pesadelo.

- Mary. Mary, ta tudo bem?

Não sabia que atitude seria a menos idiota a tomar... Justin continuava a me chamar. Tive que pensar rápido.
Virei-me e comecei a rir muito. Ri do meu tombo, do meu jeito de idiota, da cara do Justin.
Não demorou muito para Justin começar a rir também.
Ele me ajudou a levantar.

- Mary, ta tudo bem? Você se machucou?
- To bem Jus.
- Desculpa... – ele olhava para baixo.
- Não foi nada Jus. Agora vamos voltar pra casa? Eu estou morrendo de frio.
- Ta vamos.

Eu ainda lembrava da pulseira, mas fingi que tinha esquecido, pois eu sabia que eu não iria encontrá-la mesmo.

Fui andando na frente, e uns minutos depois senti algo em cima de mim, olhei com o canto de olho, e percebi que era Justin colocando o casaco dele por sobre o meu ombro.  

- Justin... – Justin me interrompeu.
- Para Mary. Você ta morrendo.
- OK. Obrigada então.

Finalmente chegamos em casa. Entramos e estavam todos dormindo. A casa estava uma bagunça, tinha pratos e copos espalhados por cima das mesas.

- Mary, eu to com sono – bocejou – eu estou indo dormir ta? Qualquer coisa bate lá no quarto do meu pai.
- Ah, Ok, Ok. Bons sonhos.
- Obrigado – sorriu.

Esperei Justin subir as escadas, e sentei-me no sofá. Fiquei olhando a árvore de natal, tentando decorar a ordem em que ela piscava. Verde, vermelho, azul, branco, azul, vermelho, verde.
Comecei  a ficar com as pálpebras pesadas, deitei-me no sofá e cochilei.

CONTINUA! 

Amores, gostaram? Espero que sim! 

Desculpa a demora mas eu estava viajando.
COMENTEM POR FAVOR! 

Karla Alves bem-vinda! espero que curta a historia e o ambiente. 

e se tiver outras leitoras novas saibam que vocês são todas bem-vindas.

XOXO.